segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Talvez esse amor não acaba



são duas horas junto e a gente acha que foram dois minutos, são dois abraços e a gente acha que ama, são vários beijos e a gente acha que é para sempre. me resumo hoje um pouco abatido, talvez seja esse ano que não acaba, ou essa vida que não anda. em todos os anos eu seguia aquele lance da cor da cueca para o ano novo – vermelho atrai amor, amarelo atrai dinheiro, verde atrai esperança. nesse ano vai ser diferente, Deus como eu quero uma cueca branca, como eu preciso de paz. já esperei amor, dinheiro, até esperança eu tentei ter, tentativas frustradas.
não quero amor, não estou visando nenhuma paixão para esse ano que vem, posso ser sim uma pessoa carente, mas acho que consigo sobreviver. é tão difícil falar de amor quando o coração está machucado, parece que não tem lógica você ficar dando fundamentos e mais fundamentos para algo que insistiu em morrer. mas o pior de tudo isso não é sentir dificuldade em falar de amor, te amar é ainda mais duro que falar de amor.
o que eu venho te trazer hoje não é uma oportunidade para nós, é uma oportunidade para vida, hoje eu tão pequeno ando sendo a pessoa mais forte do mundo, sinto tudo isso e ainda continuo inteiro. existe em mim algum tipo de fonte que transborda amor, porque quanto mais tento me livrar de tudo isso, parece que meu corpo filtra esse amor e começa novamente um processo produzindo mais e mais amor. onde eu quero chegar? quero que você veja o quão bom eu poderia ter sido para você, mas quero também que veja o quanto outro alguém precisa de você, que respira você.

- Douglas Lenon

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